sábado, 28 de novembro de 2009

Nara Leao e 1989 - 20 anos sem.....


Não é difícil imaginar que 20 anos atrás, 1989, não tenha sido um bom ano para a MPB. Só em 89, faleceu, Raul Seixas, Nara Leão, Luiz Gonzaga. (Nos próximos posts falaremos sobre essas perdas) E hoje duas décadas depois, somos obrigados a encarar celebrações póstumas. Fácil acreditar que o Brasil seja um  país de heróis mortos.
No dia 7 de julho de 89, morre a eterna musa da bossa-nova, Nara Leão. Apesar de o senso comum identificar, Nara só com a bossa-nova, ela é muito mais do que aquela que canta sobre barquinhos. Muito mais que isso. Nara realmente começou com a bossa-nova. Seu apartamento no Rio foi o berço do movimento carioca. Lá viviam e desafinavam gente humilde, como Vinícius de Moraes, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Miúcha e eventualmente João Gilberto.  Numa dessas rodas de violão, a jovem Nara com seus 15 anos ,começou  a brilhar.
Mas em seu primeiro disco "Nara” (1964) não tinha só bossa e outras murmuras mais. Seu disco de estréia tinha composições de Zé Kéti e outros legítimos sambistas (aqueles "dos morros"). Nara, sempre foi apaixonada pela lírica dos sambas do morro, regravou canções de Cartola, Nelson Cavaquinho entre outros. A cantora, desde 15 anos namorava com Ronaldo Boscolli, jornalista e compositor. Mas Nara descobriu que Boscolli mantinha um relacionamento secreto,com outra grande cantora Maysa.foi o fim de dois relacionamentos, o de Nara com Boscolli e com a Bossa Nova. Em 1965 Nara fazia parte do elenco da peça  Opinião, uma das primeiras manifestações contra a ditadura. Nara teve um serio problema na garganta e teve de ser substituída, a cantora então indicou uma cantora baiano iniciante, Maria Bethania. Assim Nara é responsável pelo começo da carreira de Irma do Caetano. Alem de na metade dos anos 60 ter apresentado Raul seixas a Jerry Adriani que ajudou o barbudo a alavancar sua carreira no Rio. Nara sempre foi artista participante no cenário brasileiro, em 1968 ela ex-musa da bossa-nova se rende ao tropicalismo o maior movimento musical brasileiro. Nara participou do disco - manifesto “Tropicália ou Panis ET circenses” (1968), com a musica "Lindoneia"  do seu disco multicolorido "Nara 1968". Com o fim do movimento e.o endurencimento do regime militar com o AI-5, Nara e caca Diegues (seu marido na época) mudar se para Europa.
Em 1971 Nara faz  as pazes com a bossa. Com o disco "Dez anos depois", junto do seu parceiro musical Roberto Menescal. Nara também gravou um disco só com musicas de Roberto/Erasmo, "Quero que vá tudo por inferno" provando mais uma vez pros caretas que ela não era quieta. Nara foi da bossa, jovem guarda MPB, militante, tropicalista, sambista sem amarras ou preconceitos. Uma das primeiras cantoras do Brasil a quebrar os paradigmas da musica. E anunciar a tendência do novo século: o pluralismo musical.
Tinha voz miúda, pequena e intimista e mesmo assim foi revolucionaria. Sua morte aos 47 em sete de junho de 1989, só serviu para deixar órfão o país dos descamisados. "Se quiserem saber se volto diga que sim, mas só depois que a saudade se afastar de mim” (Nara Leão canta na musica "Diz que fui por ai")
FONTE: http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/nara-leao
                Especial BRAVO! Bossa Nova- Nara Leão 





Baixe NARA -(1968












segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não!! Lady Gaga ,não é a nova Madonna! Ou é?




Entre voltas e meias de Madonna e Jesus na terra tropical, será que a patrona do pop sente que seu reino está ameaçado??
Popozudas como Rihanna ou Beyonce ainda estão em outro patamar. Mas será que outra loira vai tomar o posto da cinquentona
material girl?
Mas nós não estamos falando do passado(2000), em que cantoras como Britney e Cristina Aguillera, reinavam na pop music. O caso agora é atual,Lady Gaga. A nova cantora pop do século 21, ou melhor o novo hype pop do século 21. Lady Gaga estreou em 2008 com o disco "The Fame" alcançando o primeiro lugar nas paradas da Billboard. Com os hits "Poker face" "Bad romance" que emulam a disco , eletro e adjacências pop.Lady Gaga ainda conta com o fator teatral que acrescenta as suas apresentações. Além do vídeos bombardeados na MTV, seguindo os mesmo passos da dramatização de sua música.A cantora ainda surge como tendência na moda. Com seu figurinos por vezes inusitados, que vai de chapeuzinho vermelho, shorts mega-curtos, figurino de bolhas plásticas. Seu figurino tem forte influência na androgenia de Bowie e T.tex. E também filmes e outros anseios pop. Talvez comparar Lady Gaga a Madonna sejá um completo exagero, mas não dá para afirmar, que a
blonde girl não tenha estilo. estilo que também sempre sobrou a outra artista pop , Cindy Lauper(essa sim uma grande influencia a Lady Gaga). Seus cortes de cabelos malucos, ao vestuário extravagante, tudo isso antes da Madonna.E mesmo assim Cindy ainda é acusada de imita-la. Madonna conquistou seu império graças a belos discos, polémicas, estilos e tendências.Quem sabe não esteja na hora de se aposentar? Melhor do que lançar coletânias incrementadas como o "Celebration".
Lady Gaga é nova rainha do pop, pelo menos nesse quinze minutos.

50 anos de carreira de Roberto Carlos devem ser comemorados?



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Roberto o moço bom dos tempos aureos

Em 2009 comemora se 50 anos de carreira de Roberto Carlos, cantor, compositor hitmaker. Considerado um dos maiores artistas da MPB, Roberto sempre figura entre a lista dos mais vendidos de todos os tempos no mercado fonográfico brasileiro. Amado por diversas classes sociais, o rei, conquista fãs de todas as idades. Para comemorar

No próximo dia 14 de novembro, a turnê nacional de comemoração de 50 anos do cantor chega a Belo Horizonte.

Mas no ano que completa cinqüenta anos, o rei da musica brasileira tem o que comemorar?

Roberto começou sua carreira como um sósia fajuto de João Gilberto, que estourava em todo mundo com a bossa nova. Seguindo os passos de seu ídolo, o futuro rei, imitava seu tom de voz, suas batidas de violão e até o ambiente de suas letras praianas.Embalado ao na nova onda do momento o rock, que nos final dos anos 50 ainda caminhava a passos de tartaruga no Brasil.

Roberto Carlos que já morava no Rio, recebeu forte ajuda de outro Carlos, o Imperial famoso agitador cultural, produtor e compositor. Roberto foi chamado para se apresentar no programa da TV Tupi “Clube do rock”.

Influenciado pelos grandes astros da época, Elvis Presley, Chuck Berry, Roberto iniciou sua discografia com versões enfadonhas de sucessos internacionais.Também se arriscava em composições próprias e principalmente em parceria com seu grande amigo Erasmo. O Erasmo talvez mereça o grande mérito pelo sucesso astronômico de Roberto. Mas seu talento foi eclipsado pela sensibilidade da interpretação de Roberto. O “Elvis Brasileiro” como era chamado foi ganho espaço na mídia. Principalmente com o inicio do movimento “Jovem Guarda”. Um misto de movimento musical tal como a bossa nova, que pregava a união juvenil através da musica , que foi imensamente explorada pelo consumismo da época. Recheado de influencias estrangeira e beatlemania, o movimento foi o primeiro aceno do rock no mainstream brasileiro.

Com sua exposição constante no programa homônimo da TV Record, Roberto e a jovem guarda tornaram se sucesso de publico e consumo. Roberto era o rei da juventude da época. Com o fim do movimento em 1968 decretado pelo próprio rei. O cantor se enveredou por pouco tempo pela soul music, mudando gradativamente de estilo do iê-iê-iê (o rock da jovem guarda influenciado pelos Beatles, boleros, surf-music e rockabilly) ao standard, estilo mais conhecido pelo croonner norte-americano Frank Sinatra. De cunho mais comercial e romântico, o rei se virou o rei da indústria fonográfica. Alavancando suas vendas de discos, Roberto passou a ser repetitivo tedioso e enfadonho.

O que não refletiu na vendas, Roberto virou moeda corrente, nas mãos das grandes gravadoras e produto fácil. Seu nome foi associado a grandes marcas, e em 1974 venho o contrato com a TV Globo. Isso foi possivelmente foi à morte criativa do cantor, o “rei” passou a cumprir contrato, em grandes e luxuosos especiais de fim de ano. Há anos Roberto não lança um disco de inéditas, contem se em desfilar com seu reino em especiais natalinos, sua pose majestosa.

Roberto não mais se preocupa com fãs vive se van glorificando com os louros passados.

Raramente se apresenta ao vivo, a não ser nos últimos três anos, em que o próprio se apresenta em cruzeiros milionários, cobrando em media 3.500 reais por cada pocket-show.

Roberto vegeta em seu paraíso construindo, suas crises de TOC (transtorno obsessivo compulsivo), suas poses de fim de ano. Roberto hoje é global, afoito a exposição e ate ditador. Lembramos da sua biografia não-autorizada escrtito por Paulo Cesar de Araujo, depois de 16 anos de pesquisa e mais de 200 entrevistas feitas. Roberto alegou que o livro continha inverdades sobre sua pessoa e valendo de sua posição de rei, proibiu a venda e a circulação do livro. Houve também a destruição de exemplares recolhidos, tal como os oficiais nazistas que queimavam livros judeus na segunda guerra mundial.

Roberto é o rei de um reinado fálico e desatualizado, de uma época em que a indústria fonográfica criava reis e rainhas da musica. Por isso hoje seus cinqüentas anos não devem ser comemorados. “Volta Roberto” ao mundo real.