segunda-feira, 16 de novembro de 2009

50 anos de carreira de Roberto Carlos devem ser comemorados?



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Roberto o moço bom dos tempos aureos

Em 2009 comemora se 50 anos de carreira de Roberto Carlos, cantor, compositor hitmaker. Considerado um dos maiores artistas da MPB, Roberto sempre figura entre a lista dos mais vendidos de todos os tempos no mercado fonográfico brasileiro. Amado por diversas classes sociais, o rei, conquista fãs de todas as idades. Para comemorar

No próximo dia 14 de novembro, a turnê nacional de comemoração de 50 anos do cantor chega a Belo Horizonte.

Mas no ano que completa cinqüenta anos, o rei da musica brasileira tem o que comemorar?

Roberto começou sua carreira como um sósia fajuto de João Gilberto, que estourava em todo mundo com a bossa nova. Seguindo os passos de seu ídolo, o futuro rei, imitava seu tom de voz, suas batidas de violão e até o ambiente de suas letras praianas.Embalado ao na nova onda do momento o rock, que nos final dos anos 50 ainda caminhava a passos de tartaruga no Brasil.

Roberto Carlos que já morava no Rio, recebeu forte ajuda de outro Carlos, o Imperial famoso agitador cultural, produtor e compositor. Roberto foi chamado para se apresentar no programa da TV Tupi “Clube do rock”.

Influenciado pelos grandes astros da época, Elvis Presley, Chuck Berry, Roberto iniciou sua discografia com versões enfadonhas de sucessos internacionais.Também se arriscava em composições próprias e principalmente em parceria com seu grande amigo Erasmo. O Erasmo talvez mereça o grande mérito pelo sucesso astronômico de Roberto. Mas seu talento foi eclipsado pela sensibilidade da interpretação de Roberto. O “Elvis Brasileiro” como era chamado foi ganho espaço na mídia. Principalmente com o inicio do movimento “Jovem Guarda”. Um misto de movimento musical tal como a bossa nova, que pregava a união juvenil através da musica , que foi imensamente explorada pelo consumismo da época. Recheado de influencias estrangeira e beatlemania, o movimento foi o primeiro aceno do rock no mainstream brasileiro.

Com sua exposição constante no programa homônimo da TV Record, Roberto e a jovem guarda tornaram se sucesso de publico e consumo. Roberto era o rei da juventude da época. Com o fim do movimento em 1968 decretado pelo próprio rei. O cantor se enveredou por pouco tempo pela soul music, mudando gradativamente de estilo do iê-iê-iê (o rock da jovem guarda influenciado pelos Beatles, boleros, surf-music e rockabilly) ao standard, estilo mais conhecido pelo croonner norte-americano Frank Sinatra. De cunho mais comercial e romântico, o rei se virou o rei da indústria fonográfica. Alavancando suas vendas de discos, Roberto passou a ser repetitivo tedioso e enfadonho.

O que não refletiu na vendas, Roberto virou moeda corrente, nas mãos das grandes gravadoras e produto fácil. Seu nome foi associado a grandes marcas, e em 1974 venho o contrato com a TV Globo. Isso foi possivelmente foi à morte criativa do cantor, o “rei” passou a cumprir contrato, em grandes e luxuosos especiais de fim de ano. Há anos Roberto não lança um disco de inéditas, contem se em desfilar com seu reino em especiais natalinos, sua pose majestosa.

Roberto não mais se preocupa com fãs vive se van glorificando com os louros passados.

Raramente se apresenta ao vivo, a não ser nos últimos três anos, em que o próprio se apresenta em cruzeiros milionários, cobrando em media 3.500 reais por cada pocket-show.

Roberto vegeta em seu paraíso construindo, suas crises de TOC (transtorno obsessivo compulsivo), suas poses de fim de ano. Roberto hoje é global, afoito a exposição e ate ditador. Lembramos da sua biografia não-autorizada escrtito por Paulo Cesar de Araujo, depois de 16 anos de pesquisa e mais de 200 entrevistas feitas. Roberto alegou que o livro continha inverdades sobre sua pessoa e valendo de sua posição de rei, proibiu a venda e a circulação do livro. Houve também a destruição de exemplares recolhidos, tal como os oficiais nazistas que queimavam livros judeus na segunda guerra mundial.

Roberto é o rei de um reinado fálico e desatualizado, de uma época em que a indústria fonográfica criava reis e rainhas da musica. Por isso hoje seus cinqüentas anos não devem ser comemorados. “Volta Roberto” ao mundo real.


2 comentários:

Hélio Monteiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Hélio Monteiro disse...

Nao eh a toa que o "Rei" continua com seus chavoes classicos: Se chorei ou se sorri, o importante eh que emocoes eu vivi!. Volta Roberto ao mundo real, foi foda... rs